

AurelioAquino
Deixo-me estar nos verbos que consinto, os que me inventam, os que sempre sinto.
1952-01-29 Parahyba
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Para quando a manhã surgir
de quando as manhãs
não trouxerem sustos
possam raia-las meus olhos
e arquitetá-las em tanto
que sobre luz nas retinas
para desenhar novos horizontes
de quando as manhãs
não tiverem uso
diverso dos da noite
em que se beba todo seu discurso
de quando as manhãs
não se souberem crônicas
e que tussam o dia
com a simplicidade da esperança
de quando as manhãs
não se fizerem palco
de um punhado de lágrimas
itinerantes de teatros
de quando as manhãs
não se disserem horas
mas um colchão de aventuras
onde durma a história
e se assim raiarem
nem que seja e quando
possa despencar outra noite
na cabeça ávida dos insones
não trouxerem sustos
possam raia-las meus olhos
e arquitetá-las em tanto
que sobre luz nas retinas
para desenhar novos horizontes
de quando as manhãs
não tiverem uso
diverso dos da noite
em que se beba todo seu discurso
de quando as manhãs
não se souberem crônicas
e que tussam o dia
com a simplicidade da esperança
de quando as manhãs
não se fizerem palco
de um punhado de lágrimas
itinerantes de teatros
de quando as manhãs
não se disserem horas
mas um colchão de aventuras
onde durma a história
e se assim raiarem
nem que seja e quando
possa despencar outra noite
na cabeça ávida dos insones
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