Só
Ah, solidão
Este monstro devorador de almas.
Por tanto tempo dividimos dores
Companheiras de exílio
Tantas manhãs chuvosas
Em que fomos felizes
Juntas
Te chamei enquanto todos te recusavam
Te acolhi quando todos te repeliam
Te amei pelos mesmos motivos que outros te temiam
Por que, então, agora
Me abandonas?
Agora, que estou aqui, perdida
Neste vácuo
Neste onde
Neste tempo-espaço em que as perguntas ecoam
Por onde andas?
Não me iludo com teu silêncio
(tua definição)
Não estou só.
Só sou íntegra
E estou aos pedaços.
Entregue à minha própria entropia
Sem sequer a solidão,
Este monstro devorador de almas,
Para me fazer companhia.
Este monstro devorador de almas.
Por tanto tempo dividimos dores
Companheiras de exílio
Tantas manhãs chuvosas
Em que fomos felizes
Juntas
Te chamei enquanto todos te recusavam
Te acolhi quando todos te repeliam
Te amei pelos mesmos motivos que outros te temiam
Por que, então, agora
Me abandonas?
Agora, que estou aqui, perdida
Neste vácuo
Neste onde
Neste tempo-espaço em que as perguntas ecoam
Por onde andas?
Não me iludo com teu silêncio
(tua definição)
Não estou só.
Só sou íntegra
E estou aos pedaços.
Entregue à minha própria entropia
Sem sequer a solidão,
Este monstro devorador de almas,
Para me fazer companhia.
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joao_euzebio
Esta solidão divina que vem e arranca de dentro da gente poesias bonitas, suspiro aflito de um amor acabado ou longe, quem sabe a solidão não seja um dom dos poetas... quem sabe?
24/outubro/2011
Escritas.org
