Christian Siqueira

Christian Siqueira

19 anos, nordestino e apaixonado por poesia. - Ao usar algum poema de minha autoria dê os devidos créditos, se possível comunique-se comigo.

1998-03-03
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VINTE QUATRO HORAS


Na minha cabeça as preocupações são centenas
Para resolver em vinte quatro horas apenas.
Me sinto em um coliseu em Atenas,
Os leões prontos para me devorar.
Martelando a todo momento problemas
Sem resolução e data para acabar.

Fomentar a dúvida é a única certeza;
Brincar de corda banda com as pernas presa.
Nem sempre sorrir ao sentar na mesa,
Segurando as lagrimas para não chorar.

Já vi várias vezes o mundo acabar.
Chegar ao fim sem ler o começo
Sem ter nem um terço para rezar.
Ovacionando ídolos distantes,
Se alucinado entre letras errantes,
De pessoas que não ouso julgar.

Resolvem meu dilema, momentaneamente,
Esporadicamente, acalma a mente,
Mas a ferida é grande para sarar.
Os bonecos de ventríloquos se mechem
Ao som do trio que passa em nossas ruas.
Os velhos sempre têm razão, mas esquecem
Que suas verdades são apenas suas.

Eu e minhas luas, em busca do sol,
Pálido, calado me faço isca em anzol.
Sem ter certeza de meus devaneios
Vivemos recreios de viagens de carros sem freios
Batida, bate o coração, pulsação
Me vê e puxa no pulso ação.

Já é hora da foice vestir a capa preta
Ter sempre um na reta para cobrar a gorjeta;
Ter sempre quem comprar com o que leva na maleta.
Subir sempre empurrando o outro para a sarjeta,
É a regra, e essa não tem exceção.

Farto de tudo que me tormenta
Me de espaço então,
Fugindo de quem se ausenta
E de tudo que não alcanço com a mão.



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