Pedro Alvim

Jornalista e escritor. Fez parte do quadro redactorial de O Primeiro de Janeiro antes de se radicar em Lisboa, a partir de 1961, e de se tornar redactor do Diário de Lisboa até à sua extinção (Novembro de 1990), onde coordenou por diversas ocasiões o suplemento literário «DL - Ler/Escrever». Esteve ligado a movimentos de intervenção cultural como o das páginas de A Planície, semanário de Moura, na década de cinquenta, ou em revistas como Coordenada que, no Porto, nos anos sessenta, desencadeou um surto de renovação cultural. Tem contos infantis dispersos pelo Diário de Lisboa, O Diário e O Ponto, entre outros. A sua poesia demarca-se por uma ironia ou um sentido denunciador da realidade, com alguma fluência expressiva, mas sem alcançar grande poder formal inovador, o que aliás não acontece na sua prosa de carácter infantil, que se exprime através de histórias simples e directas, de acentuada fluência e sentido literário criador. Tem textos e crónicas incluídos nas obras O Homem na Cidade (1968) e Ser ou Não Ser pelo Amor Livre (1975). Traduziu e prefaciou Safo, Líricas em Fragmentos, 1991; Epicteto, Manual de Epicteto, 1992; Eustache de La Fosse, Crónica de Uma Viagem à Costa da Mina no Ano de 1480, 1992; Buda, As Sentenças da Lei, 1995; Yasumari Kawabata, Chá e Amor, 1996. Usou o pseudónimo Fernando Fischer.