Régis Bonvicino

Régis Bonvicino (São Paulo SP, 1955) publicou Bicho Papel, seu primeiro livro de poesia, em 1974. Entre 1975 e 1983 foi editor das revistas Poesia em Greve, Qorpo Estranho e Muda, em São Paulo. Concluiu, em 1978, o curso de Direito, na USP; tornou-se juiz de direito estadual, concursado, em 1990. Ainda em 1978, trabalhou como editor da seção Mãos ao Alto, do Diário de São Paulo. Nos anos seguintes colaborou na Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e Jornal do Brasil. Em 1981 traduziu textos poético-plásticos de Yoko Ono, em colaboração com Mônica Rodrigues Costa, publicados no livro Do Grapefruit. Entre 1984 e 1992 organizou os livros Desbragada e Uma Carta uma Brasa Através. Foi assessor de gabinete do secretário estadual da Cultura, Jorge da Cunha Lima, em 1985 e 1986. Traduziu ensaios sobre o simbolista francês Jules Laforgue, publicados no livro Litanias da Lua (1989) e A Pupila do Zero, de Oliveiro Girondo (1995). Em 1997 organizou, com Michael Palmer e Nelson Ascher, a antologia poética bilíngüe Nothing the Sun Could Not Explain, publicada em Los Angeles (EUA). No mesmo ano, foi organizador e participante do poema coletivo Together, com vários poetas, em São Paulo. Sua obra poética, de tendências contemporâneas, abrange os livros Régis Hotel (1978), Sósia da Cópia, 1978/1983 (1983), Num Zoológico de Letras (1994) e Céu-Eclipse (1999), entre outros. O crítico Nelson Ascher afirmou, a respeito do livro 33 Poemas (1990): "depois de explorar os mais variados recursos poéticos, Régis desce ao seu âmago, a exploração da natureza da linguagem, vale dizer: da realidade. Nos poemas mais radicais de seu livro, o poeta opera naquele subsolo onde, de alguma maneira misteriosa, som e sentido se entrelaçam."