Os Olhos do Tempo
Espraiam-se
meus gestos
insinuando desejos que se calam à passagem
do tempo em mim,
mas teimo ainda ser e acreditar
Desfio esperas e no meu regaço
silencio suspiros,
e é na brancura de um certo vazio
que ensaio abraços
perdidos na noite
que se deita a meu lado
E fico pensando
num pássaro que risca
breve o imenso espaço,
quisera eu planar
e voar assim também…
Mas meu coração,
hoje agrilhoado
prende-me a este instante…
quero o que me enche,
quero o que me falta
tenho o que não quero
tenho o que me farta
Olho o tempo e sinto-me
ser a fiandeira do irrepetível
momento que passa
e sinto crescer dentro do meu peito
como prenhe ventre
a imensa a saudade
que não sei se mata
ou aviva a alma
meus gestos
insinuando desejos que se calam à passagem
do tempo em mim,
mas teimo ainda ser e acreditar
Desfio esperas e no meu regaço
silencio suspiros,
e é na brancura de um certo vazio
que ensaio abraços
perdidos na noite
que se deita a meu lado
E fico pensando
num pássaro que risca
breve o imenso espaço,
quisera eu planar
e voar assim também…
Mas meu coração,
hoje agrilhoado
prende-me a este instante…
quero o que me enche,
quero o que me falta
tenho o que não quero
tenho o que me farta
Olho o tempo e sinto-me
ser a fiandeira do irrepetível
momento que passa
e sinto crescer dentro do meu peito
como prenhe ventre
a imensa a saudade
que não sei se mata
ou aviva a alma
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