António Ramos Rosa
António Victor Ramos Rosa, foi um poeta, português, tradutor e desenhador. Ramos Rosa estudou em Faro, não tendo acabado o ensino secundário por questões de saúde.
1924-10-17 Faro
2013-09-23 Lisboa
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Na Extrema Claridade
Leve prodígio vegetações
dispersas
de qualidade incerta
mas feliz
*
Ela aparece quando aparece
ela flui desliza eleva-se
e o tremor é exacto no seu ápice
Uma asa dispersa os nomes
a área simplifica-se até ao branco
O seu desaparecimento é vertical
*
Uma vibração suave (talvez ela)
da luz na exactidão completa
Quem a conhece
conhece a simplicidade extrema
a nudez da primeira claridade
*
Estremece estremece quando
a vibração do mundo
se reflecte noutra luz incerta
que a reclama no seu corpo incerto
*
Se é aqui o corpo a exaltação da terra
a cintilação de um corpo submerso
aceitação da água
na transparência tranquila
de outras palavras aqui que se inclinam
*
O temor dos seus olhos o tremor
do seu corpo as linhas
paralelas sombrias
onde se oculta o seio e a água viva
*
Reparte-se divide-se mas inteira
estende-se entre as colunas
prossegue uma viagem imóvel numa nuvem
*
Se a figura atravessa os declives
desce os degraus até à luz mais rasa
se ler agora é o vestido e a sombra
a transparência do animal na sombra
*
Ela é pedra em cada palavra e o fulgor
silencioso
de um torso que avança em transparência aérea
dispersas
de qualidade incerta
mas feliz
*
Ela aparece quando aparece
ela flui desliza eleva-se
e o tremor é exacto no seu ápice
Uma asa dispersa os nomes
a área simplifica-se até ao branco
O seu desaparecimento é vertical
*
Uma vibração suave (talvez ela)
da luz na exactidão completa
Quem a conhece
conhece a simplicidade extrema
a nudez da primeira claridade
*
Estremece estremece quando
a vibração do mundo
se reflecte noutra luz incerta
que a reclama no seu corpo incerto
*
Se é aqui o corpo a exaltação da terra
a cintilação de um corpo submerso
aceitação da água
na transparência tranquila
de outras palavras aqui que se inclinam
*
O temor dos seus olhos o tremor
do seu corpo as linhas
paralelas sombrias
onde se oculta o seio e a água viva
*
Reparte-se divide-se mas inteira
estende-se entre as colunas
prossegue uma viagem imóvel numa nuvem
*
Se a figura atravessa os declives
desce os degraus até à luz mais rasa
se ler agora é o vestido e a sombra
a transparência do animal na sombra
*
Ela é pedra em cada palavra e o fulgor
silencioso
de um torso que avança em transparência aérea
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