Nocturno
Conduzo por uma aldeia à noite, casas que saltam
diante das luzes – acordaram agora, querem beber um copo.
Casas, celeiros, placas de indicação, caminhos sem ninguém
regressam à vida. Seres humanos dormem:
alguns podem dormir em paz, outros têm rostos tensos
como num treino duro para a eternidade.
Não ousam deixar-se ir mesmo em sono solto.
Como cancelas baixas esperam enquanto o mistério vai desfilando.
A estrada passa uma longa temporada fora da cidade pela
floresta.
Árvores, árvores silentes num pacto entre elas.
Têm uma cor melodramática, como um incêndio.
Como é nítida cada uma das folhas. Seguem-me no caminho para casa.
Deito-me por ali para dormir, vejo imagens desconhecidas
e sinais esboçando-se atrás das pálpebras
no muro da escuridão. Pela ranhura entre a vigília e o sono
uma enorme letra esforça-se por entrar sem grande sucesso.
diante das luzes – acordaram agora, querem beber um copo.
Casas, celeiros, placas de indicação, caminhos sem ninguém
regressam à vida. Seres humanos dormem:
alguns podem dormir em paz, outros têm rostos tensos
como num treino duro para a eternidade.
Não ousam deixar-se ir mesmo em sono solto.
Como cancelas baixas esperam enquanto o mistério vai desfilando.
A estrada passa uma longa temporada fora da cidade pela
floresta.
Árvores, árvores silentes num pacto entre elas.
Têm uma cor melodramática, como um incêndio.
Como é nítida cada uma das folhas. Seguem-me no caminho para casa.
Deito-me por ali para dormir, vejo imagens desconhecidas
e sinais esboçando-se atrás das pálpebras
no muro da escuridão. Pela ranhura entre a vigília e o sono
uma enorme letra esforça-se por entrar sem grande sucesso.
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