Sonata
Ao Poeta Francisco Carvalho
O corpo - presilha verde
na rede da vida imersa
pouco a pouco se dissipa
dos loucos búzios, dos mares.
Vira um lago, uma enseada
em que os espelhos transmigram
o corpo - corpo bebido
de veneno, morte lenta.
O corpo - metade breve
de arlequinadas memórias
nos mastros ocres da angústia
na devassa de ilusão.
Irmão vencido na guerra
das horas por sobre as horas
dos anos idos, dos vindos
o corpo - flor decepada.
Da haste, um relógio-pênsil
que se alteia e se debruça
nos movediços da argila
o corpo - ferida aberta.
Bola de neve que o tempo
brinca brinca de escurar
jasmim que perde seu viço
o corpo - luz que se apaga.
Dos imos do coração
uma canção que trescala
o corpo, breve que passa
no arranho da solidão.
O corpo - presilha verde
na rede da vida imersa
pouco a pouco se dissipa
dos loucos búzios, dos mares.
Vira um lago, uma enseada
em que os espelhos transmigram
o corpo - corpo bebido
de veneno, morte lenta.
O corpo - metade breve
de arlequinadas memórias
nos mastros ocres da angústia
na devassa de ilusão.
Irmão vencido na guerra
das horas por sobre as horas
dos anos idos, dos vindos
o corpo - flor decepada.
Da haste, um relógio-pênsil
que se alteia e se debruça
nos movediços da argila
o corpo - ferida aberta.
Bola de neve que o tempo
brinca brinca de escurar
jasmim que perde seu viço
o corpo - luz que se apaga.
Dos imos do coração
uma canção que trescala
o corpo, breve que passa
no arranho da solidão.
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