Noite de Brahma

Corre a Noite de Brahma... A Eternidade avulta...
Aí junto à Porta de Oiro o grande Arcanjo exulta
Na voragem sem fim dos êxtases deiformes;
Estruge o vendaval dos céus pelagiformes
E o Arcanjo vencedor enfrenta os temporais,
Cheio desse esplendor das glórias eternais
E Ele vibra da epopéia azul dos cataclismas,
Nas lavas colossais dos Etnas das cismas.

Corre a Noite de Brahma... O espírito da Flor
Desdobra um madrigal — a apoteose do Amor,
O Amor — Guerreiro audaz — Sol de inefável luz,
Que se tornara um Deus, assim como Jesus:
Pompeiam céus, a flux, chispantes de arrebóis
E a Noite, em flor de Brahma acorda os seus Heróis;
Este que vem fulgindo assim como os cristais,
É um daqueles milhões de assinalados tais.

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