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Ai Qing foi um poeta chinês, nascido na província de Zhejiang a 27 de março de 1910. Estudou na França, onde teve contato com o trabalho de poetas como Émile Verhaeren, que viria a traduzir. Ao voltar à China em 1932, estabelecendo-se em Xangai, foi preso por se opor ao Kuomintang.
Na prisão, escreveu seus primeiros livros, sendo libertado em 1935. Em 1940, tornou-se reitor da Universidade em Chongking. No entanto, durante os expurgos "anti-direitistas" contra intelectuais chinenes entre 1957 e 1959, foi condenado ao exílio no norte do país por defender a escritora Ding Ling (1904 - 1986).
Com a Revolução Cultural dez anos mais tarde, sua situação política piora ainda mais e passa anos limpando as latrinas públicas em Xinjiang, único emprego que lhe é permitido. Só após a morte de Mao, o poeta receberia permissão de publicar e viajar novamente.
É pai do famoso artista chinês contemporâneo Ai Weiwei (n. 1957). Ai Qing morreu em Beijing, a 5 de maio de 1996.
--- Ricardo Domeneck