Infância
Ainda somos adultos, mas prometo!
Que quando a gente crescer e virar criança,
Nenhuma palavra substituirá nosso olhar.
Seremos silêncio, que fala e alcança.
Correremos pelo quintal de nossos corações,
Como bons anfitriões da vida.
Vestidos de sol e bebendo chuva,
Na tarde lúdica e aguerrida.
Nenhum temor de sombra haverá,
Quando minha mão tocar a tua,
Leve, e aceitar a dança infinda.
Face a face, na pele macia e nua.
Ouviremos apenas murmúrios,
De nossas bocas divertidas.
Nas línguas, o gosto de nós,
Depois, outras investidas.
Outras brincadeiras, mais risos.
Brincar é coisa séria e apraz,
Quando se guarda no peito, anjos,
Que tingem o tempo de paz.
Nos dias que seguirão azuis,
Onde há sonho e sonhador.
Deitaremos na mais verdinha grama
E nasceremos flor.