Nunca mais me vi
Ao alvorecer, na manhã plácida,
Oro a Deus e começo a preparar-me,
Para mais uma jornada laboral.
Enquanto isto há uma sobeja preocupação em atrasar-me
Posto no trabalho, solene,
Enquanto há n tarefas a esperar-me,
As quais causam-me estresse e, enqunto as executo,
Ouço sons clássicos, como me é peculair,
[E leio para, além de aprender, desanuviar]
No fim do dia, aquando do ocaso,
Faminto e jubilante, no meu aposento fico a pensar,
Na fila, a espera do táxi, apoquentado,
Mui ansioso para em casa chegar
Chegando em casa, a passos lacônicos,
Com os olhos fincados no céu, para a lua deslumbrante apreciar.
Dessarte lutando para uma aquiescência entre o espírito e o corpo,
Pois enquanto o estômago pede alimento o espirito quer procrastinar
Novo alvorar, porém a mesma rotina,
Excepto ao sábado, o dia para mim,
Porém, devido a fadiga o sono rouba-me grande parte do dia,
A outra parte os afazeres, não restando nada a mim
Nova jornada laboral, porém mesmos desafios a encarar,
Num instante dei por mim; "nunca mais me vi!?";
"Nunca mais encontrei-me comigo!?"
Urgente! Preciso encontrar-me!
África, Angola - Luanda, 2022.