guardo o sonho...

Guardo o sonho na calma
serena do poente
não quero de mim o sonho
ausente.
O tempo é amargo
saudade é o que trago
e o que sinto, enquanto
a noite desce e o dia finda
em breve o silêncio se instala
e a lembrança vem comigo
à fala.
Traz-me a alegria viva
ou o a tristeza cinzenta
lembra-me os passos que dei
e tudo a saudade inventa,
ignoro por onde andei
até que aqui cheguei
já a noite desce e o dia finda
mas o sonho encanta-me ainda.

Efémera a juventude
como uma flor que desabrochou e morreu
meus dedos reconhecem-lhe a ausência
e amiúde, choram por mim,
o tempo roubou o sentido
e de solidão a vida encheu
levo horas vazias
já a luz se desvanece
voam meus olhos em busca da alegria
mas logo a saudade aparece
e traz com ela a nostalgia.

natalia nuno
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