Doce rio, meu amado
Sigo-te no silêncio das arribas
Rio meu que calmo segues
Entre rochedos e zimbros
Transmitindo a paz que bebes
Ah, se eu pudesse chegar-te
E me entregar em teus braços
Mesmo que trémula eu iria
Para me receberes com abraços
Pois tu não vês que descendo
Eu nunca mais subiria
De teus braços me desprendendo
Eu subir não poderia
Vives assim heremita
Sozinho bem lá no fundo
De tuas dores já padeces
Sozinho nesse teu mundo
Ah, se eu pudesse beber-te
E em ti mitigar securas
Banhada nas tuas águas
Lavava em ti amarguras
Doce rio, meu amado
Eu hei-de alcançar-te um dia
Nas águas do mar salgado
Envoltos em maresia
Rio meu que calmo segues
Entre rochedos e zimbros
Transmitindo a paz que bebes
Ah, se eu pudesse chegar-te
E me entregar em teus braços
Mesmo que trémula eu iria
Para me receberes com abraços
Pois tu não vês que descendo
Eu nunca mais subiria
De teus braços me desprendendo
Eu subir não poderia
Vives assim heremita
Sozinho bem lá no fundo
De tuas dores já padeces
Sozinho nesse teu mundo
Ah, se eu pudesse beber-te
E em ti mitigar securas
Banhada nas tuas águas
Lavava em ti amarguras
Doce rio, meu amado
Eu hei-de alcançar-te um dia
Nas águas do mar salgado
Envoltos em maresia
1282
1
Mais como isto
Ver também