Acolhedora do Inusitado
Não me cabem os "certinhos"
Gente reta demais me entedia
Prefiro os tortos, os diffceis,
os que tropeçam nas próprias ideias
e ainda assim continuam dançando Sou feita daquelas que choram
no meio da risada,
que sentem demais, ou de menos
mas sentem real
Amo quem não sabe fingir,
quem me deixa curiosa,
quem carrega um mundo escondido atrás de um olhar meio fora de lugar
Tenho carinho por tudo
que escapa do molde:
o riso nervoso,
o silêncio incômodo,
a pergunta que não se encaixa
É ali que mora a verdade...
Não me venha com conversa normal, gente normal,
vida normal
Quero o esquisito bonito,
o sensível mal lapidado,
o caos com ternura
Sou abrigo pra quem nunca pertence, e, mesmo em pedaços
sei reconhecer a beleza
daquele que ainda tenta,
aprende,
luta pra ser inteiro
(o mundo neurotípico é mais despedaçado do que nós...)
2025
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