LOCUS AMOENUS
Casinha branca com redes armadas na varanda.
As ovelhas balindo, à tarde, no fundo do quintal!
Na campina, a passarada, em bandos, revoando.
O sol pintando o horizonte com os clarões do arrebol!
O som retumbante da água jorrando pura na fonte cristalina.
O canto estrídulo e desafinado da araponga tinindo nas matas!
O mugido triste do gado berrando, ao longe, no pé da colina.
A orquestra dos grilos tritrilando aos murmúrios das cascatas!
No vale verdejante - o baile das mariposas, a festa das cigarras, a pirotecnia dos pirilampos!
A jia queixosa coaxa, geme e estremece lá na beira da lagoa.
O campo florido vai, aos poucos, se vestindo com negro e fino manto
e o aboio saudoso do vaqueiro, tangendo a boiada, pelas serras azuis ecoa.
Silenciosa cai a noite! Sob à luz tênue e delicada de sonolentas lamparinas
lá fora, inunda o branco terreiro o soberbo e indolente luar de prata.
O sertão inteiro dorme embalado por uma canção suave, etérea e divina,
e desperta, na manhã seguinte, com a algazarra dos pássaros em festiva sonata.
No curral da fazenda, a farra matinal na ordenha das vacas leiteiras.
O barulho dos chocalhos e o berregar das cabras sob o albor do céu.
Ao meio-dia, o banho ao morno escachoar das águas descendo na cachoeira,
bebendo no cálice de delicada flor silvestre o mais doce e puro mel!
Ao lado da mais bela morena cujo encanto a natureza ensimesmada, deslumbra e desvela
na paisagem bucólica que o Criador, com o tempo, foi caprichosamente transformando
num lindo e edênico jardim todo encastoado com pérolas e reluzentes estrelas,
gozando as divinas e eternais promessas de vida, felizes, vivermos para sempre nos amando.
DA OBRA AMOR PRA VIDA INTEIRA, DE PEDRO PAIVA
As ovelhas balindo, à tarde, no fundo do quintal!
Na campina, a passarada, em bandos, revoando.
O sol pintando o horizonte com os clarões do arrebol!
O som retumbante da água jorrando pura na fonte cristalina.
O canto estrídulo e desafinado da araponga tinindo nas matas!
O mugido triste do gado berrando, ao longe, no pé da colina.
A orquestra dos grilos tritrilando aos murmúrios das cascatas!
No vale verdejante - o baile das mariposas, a festa das cigarras, a pirotecnia dos pirilampos!
A jia queixosa coaxa, geme e estremece lá na beira da lagoa.
O campo florido vai, aos poucos, se vestindo com negro e fino manto
e o aboio saudoso do vaqueiro, tangendo a boiada, pelas serras azuis ecoa.
Silenciosa cai a noite! Sob à luz tênue e delicada de sonolentas lamparinas
lá fora, inunda o branco terreiro o soberbo e indolente luar de prata.
O sertão inteiro dorme embalado por uma canção suave, etérea e divina,
e desperta, na manhã seguinte, com a algazarra dos pássaros em festiva sonata.
No curral da fazenda, a farra matinal na ordenha das vacas leiteiras.
O barulho dos chocalhos e o berregar das cabras sob o albor do céu.
Ao meio-dia, o banho ao morno escachoar das águas descendo na cachoeira,
bebendo no cálice de delicada flor silvestre o mais doce e puro mel!
Ao lado da mais bela morena cujo encanto a natureza ensimesmada, deslumbra e desvela
na paisagem bucólica que o Criador, com o tempo, foi caprichosamente transformando
num lindo e edênico jardim todo encastoado com pérolas e reluzentes estrelas,
gozando as divinas e eternais promessas de vida, felizes, vivermos para sempre nos amando.
DA OBRA AMOR PRA VIDA INTEIRA, DE PEDRO PAIVA
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