239 - EXISTÊNCIA ATUAL

Nasci do pó, cresci tão só: da fera
Fugi a pé, venci na fé, eu, moço.
Peguei na pá, cavei por lá o fosso.
Sumir daqui, surgir ali, quem dera!

Segui a luz e quem conduz não era.
Fazer jejum: prazer nenhum, nem osso.
Ao sol pior, verti suor insosso.
Sonhei manhã, velei no afã da espera.

Eu fui refém, prendi a quem me agrida.
Por dois sangrei, depois fechei o corte.
Penei amor, amei expor ferida.

Também eu sou: só quem ficou mais forte.
Olhei pra trás, achei fugaz a vida:
Viver assim, morrer enfim, é morte.

(Autor: EDEN SANTOS OLIVEIRA. Escrito em 07/02/2019)
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