Ausência

Bebi... sim...

de gole em gole, refrescou-se o silêncio
com a balbúrdia
da tua sofisticada
ausência.

Enveredou-se
pela trilha estreita,
Gritando,
voluptuosidade
ao inverno
e ao sol que gela.

Pouco a pouco,
reviram-se papéis
sobre a mesa
na hora do jantar.

Palavras sobrevoam
a fome latente.
Parece bonito,
mas quase arde.
Lentamente,
sedas se arrastam
pelo chão
da tua ausência.

Assim como meu corpo,
cravado em dúvidas,
no sofá,
retrata nosso momento fatal.

Não me traga
um rosto
quase pálido
de vida.

Traga-me
o perfume
engarrafado
no teu sorriso.

Assim
a ausência passa
e com ela
o grande perigo.

Perder...

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