Prometeu Acorrentado
I A TORMENTA AVILTANTE I
Prometeu, tua tormenta é tua bondadeCandente a brilhar feito o sol
Que jaz nos seios das estrelas
E foi-te arrojo ao teu suplicio
Suntuosos são teus males
Que te incubem ao teu martírio
II PROMETEU II
Decerto, foi minha bondade
Que aos homens trouxe a vida
Quando fogo flamejante de Hefesto, eu roubei
Opoente, o sol se vai;
Para erguer-se novamente, veraz é meu grilhão
Ensinei-lhes a viver, tornei-os racionais
Dei a eles os engenhos
Que me incumbiram miríades de tormenta
A aviltar acorrentado nesse alcantil de sofrer
III A VIDA APÒS O ROUBO III
Ver-te-ei, oh ocaso, o horizonte incandescente
Pelos dias que me restam
Arrostar-lhes-ei os astros
Pelos dias que virão
IV ACORRENTADO SOB A ROCHA IV
Que vindouro seja meu prazer
Que pouco sei se está por vir
Mas teus males hão de vir, oh nume ominosa!
Que repousa entre os céus
V O FADO V
Fecharei os meus olhos a esperarTeu sacrilégio a cair
Sob o trono que há de ir
Destronado serás fraco
Seus caprichos insensatos
Tua prole há de vir para destronar-te do teu sólio
E das amarras, libertar-me.
170
0
Mais como isto
Ver também